A crise enfrentada pela Santa Casa de Rio Grande, agravada pela ausência de reuniões da direção com os funcionários, fez aumentar nos últimos dias o clima de tensão dentro do hospital. Os atrasos salariais e os fortes rumores sobre demissão de pessoal tomaram conta das redes sociais. Alguns funcionários foram demitidos sem o recebimento dos montantes devidos, restando como saída o parcelamento dos valores em vários meses. Vários impetraram ações na justiça. A empresa do Paraná GV Consulting, contratada pela Santa Casa em julho para administrar a entidade, ponderou que há problemas no repasse de valores pelo Estado, o que deveria ter ocorrido no final de novembro. “Não podemos criar nenhuma expectativa irreal”, argumentou o administrador Luciano Ramos Lopes sobre pagamento de salários.

SIMERG

Em meio à forte turbulência enfrentada pelo hospital, o presidente do Sindicato Médico de Rio Grande (Simerg) em entrevista ao Site Edson Costa Repórter manifestou preocupação. “Precisamos arrumar um jeito de salvar a Santa Casa”, disse Marco Antonio Martins de Freitas. “Rio Grande não pode ficar sem a Santa Casa”, completou o médico ao reforçar que a preocupação com o hospital é muito grande. Marco Freitas defendeu a necessidade de maior engajamento da comunidade em relação às questões da Santa Casa, pela relevância da entidade no atendimento à população local e regional. Destacou a importância de ser dada voz às pessoas para que possam dizer o que está errado, em busca das melhores soluções de ajuda ao hospital.

Ao comentar sobre salários em atraso de médicos, o presidente do Simerg afirmou que não há levantamento sobre quanto o hospital deve para os profissionais. Alguns médicos procuraram o sindicato falando sobre os atrasos no pagamento. Eles foram orientados sobre o melhor caminho para ser tratado o assunto, o departamento jurídico do Simerg.


(Foto: Wilson Rosa da Fonseca)