Rio Grande vive tempos sombrios, com sucessivas denúncias de irregularidades, escândalos, investigações sendo abertas e anúncio de condenações de figuras públicas. Agora, o caso aconteceu a partir de uma minuciosa e longa investigação desenvolvida pela Promotoria de Justiça Criminal de Rio Grande. O trabalho foi realizado através do promotor de Justiça Marcelo Nahuys Thormann. Uma tabeliã e o filho (que atuava como tabelião substituto) foram condenados por lavagem de dinheiro e 385 crimes de peculato.

PECULATO

Segundo anunciou hoje (14) à tarde o Ministério Público, em relação à lavagem de dinheiro, os réus procediam da seguinte maneira. Eles ocultavam a origem do dinheiro, mantendo como atividade econômica “uma padaria no centro de Rio Grande”. Ainda conforme anunciou o MP, os crimes de peculato ocorreram entre 2007 e 2011 e consistiram na apropriação de valores pagos pelos clientes do cartório para o recolhimento de imposto e de despesas relativas à custa do Registro de Imóveis.

AS PENAS

A tabeliã foi condenada à pena de 10 anos e 11 meses de reclusão e o tabelião substituto a 12 anos de reclusão, ambos em regime fechado. Os nomes dos réus não foram anunciados pela autoridade ministerial. Ambos serão multados, para reparação dos danos aos prejudicados, além da perda da função pública. A tabeliã e o filho já haviam sidos afastados administrativamente do cartório. Ainda cabe recurso por parte da defesa em relação à sentença.