O Hospital Santa Casa de Rio Grande concluiu os últimos levantamentos do Relatório Gerencial Financeiro de 2019. As contas da Santa Casa continuam fechando no vermelho. Somente no segundo semestre, o prejuízo foi de R$ 13.844.517,72. Os números que a direção do hospital exibiu são apenas do período de abril a dezembro. Não foi explicado o motivo da não apresentação dos resultados de receita e despesa do primeiro trimestre de 2019 no relatório gerencial.
Já o chamado Relatório Assistencial (RA) relatório apresentou os dados de janeiro a dezembro. Os números oficiais em 2019 de internações pelo Sistema Único de Saúde– SUS no Hospital Santa Casa de Rio Grande indicam queda na prestação de serviços. Além de cair o número de hospitalizações (que geram receita pelo SUS), o registro de pacientes particulares nos dois últimos meses não teve evolução, apresentando queda também. A expectativa a partir do mês de julho de 2019– quando a gestão da Santa Casa foi assumida pela empresa paranaense GV Consulting, era de aumento da produção e consequentemente de faturamento. O sistema de gestão traz menos ou mais eficácia, refletindo-se no faturamento hospitalar. Os recentes indicadores da Santa Casa de Rio Grande mostram o agravamento da crise instalada.
As internações pelo SUS apresentaram um gráfico abaixo da média necessária para aumentar o faturamento durante todo o ano de 2019. Além de não aumentar, o ano foi encerrado com queda de 809 para 783 internações de novembro para dezembro.
A soma das internações nas modalidades particular e de ‘outros convênios’ acabou registrando queda de 281 para 240, também de novembro para dezembro. Pelo SUS foram realizadas em novembro 211 cirurgias e em dezembro o número foi de 183.
OUTROS NÚMEROS
Em dezembro, o Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia da Santa Casa realizou 51.895 exames laboratoriais, que têm custo bem reduzido para o hospital. De janeiro a dezembro, a Santa Casa realizou apenas 93 ultrassonografias. Em novembro foram dez exames e em dezembro nenhuma ultrassonografia foi feita no hospital. Os números apresentados nos últimos tempos pela Santa Casa de Rio Grande são os piores ao longo da história de quase 185 anos da entidade.
Nem sequer foi cogitada a questão dos óbitos. Provavelmente os indicadores sejam absurdos. Como querem gerar renda? Quando tinham a funerária era uma entrada de renda bem significativa. Como gerar renda com altos salários? Infelizmente a Santa Casa só está a espera de um porteiro para fechar as portas. O Prefeito deveria ser responsabilizado por esse crime. Rio Grande não merecia essa traição.
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Será que a resposta a isso não está nos médicos que operam particular ou pelos convênios, mas mordendo de alguma forma o paciente. Explico: o meu medico opera meu joelho, mas a anestesista é particular, quando meu convênio me dá direito a escolher o anestesista. Resultado: vou operar em Porto Alegre, onde tudo será coberto! E acabam deixando o SUS de lado???É apenas uma pergunta!!!Se não bater as metas do SUS não há repasse de dinheiro. Outra pergunta: está havendo um equilíbrio entre cirurgias SUS, particular e convênios? Se não bater as metas NÃO tem grana! E não precisa ser muito esperto para verificar isso!
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