Nos últimos dias o centro de Rio Grande passou a contar com a presença de urubus e como nada acontece por acaso, um deles resolveu pousar no parapeito da janela do apartamento onde mora um experiente fotógrafo.
Acostumado a capturar imagens difíceis, pelo menos desta vez a tarefa foi facilitada quando um dos urubus parou para descansar (foto) junto à janela do 11º e último andar do Edifício Getúlio Vargas, na Rua General Bacelar esquina Fernando Duprat da Silva, onde mora o professor Wilson Rosa da Fonseca. Ele é membro do Clube de Observadores de Aves do Município do Rio Grande e do WikiAves, a maior base de dados sobre o assunto do Brasil na Internet. Wilson contou ao Site Edson Costa Repórter que nos últimos dias observa a presença de pelo menos cinco urubus nas redondezas e fotografou as aves também no alto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, bem próximo dali. Ele tem visualizado com maior frequência um casal de urubus em sobrevoos na área. Em pelo menos uma oportunidade o casal de urubus permaneceu por vários minutos junto à janela do prédio, mas quando abriu a cortina para novos registros fotográficos, as aves voaram em direção às torres do templo católico. Na maior parte do tempo, as aves têm dado preferência às torres da Igreja do Carmo, como mostram as fotos de Wilson Rosa da Fonseca.
VISÃO EXCEPCIONAL
A espécie que está na zona central de Rio Grande é o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e dentre as demais é a que apresenta a menor envergadura, revela o WikiAves. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Espécie residente no Brasil, tem as populações mais ao norte dos Estados Unidos parcialmente migratórias. Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do voo.
BIÓLOGA
Segundo a bióloga e professora rio-grandina Swami Fonseca, o urubu-de-cabeça-preta costuma aparecer na beira de estradas e aeroportos. Nas cidades podem ser avistados quando voam em círculos ou quando se abrigam em varandas, torres e prédios. “Eles buscam visão estratégica ao seu entorno na busca por alimento, pela excelente visão que possuem”. A bióloga enfatiza que os urubus são bastante inteligentes. “Muitos animais que antes não eram observados nas cidades, agora são vistos, o que reflete uma perda de ambientes naturais causada pelo desmatamento, queimadas e pela caça que altera toda a cadeia alimentar”. Reforça a bióloga que os urubus acabam procurando as regiões das cidades em busca de alimento e abrigo. “Ao avistar um urubu em sua janela ou bem perto de você, não se apavore, pois com certeza ele não está ali para lhe agorar”, brincou. A bióloga explicou que o urubu está ali buscando uma visão privilegiada para poder sobreviver.
Pode ser que eles levem as carniças que aqui na cidade se encontram
Mas acho que nem os bichos merecem essas carniças da câmara e da prefeitura
Perda de ambiente hahahahaha, aquele mercado e sua volta, sempre fedendo a peixe podre…
Uma ocasiāo em Santa Catarina, caminhando numa trilha de hotel, vi urubus bem próximos e também os encontrei na praia, sāo aves que a mim assustam um pouco, espero que tomem seu rumo, pois o centro urbano năo e seu lugar, e tenho certeza sāo mais felizes em seu habitat natural.
Importantes as observações, Vera Lucia. Participe sempre por aqui.
ia comentar a respeito mas a bióloga afirmou no corpo da matéria a minha percepção sobre o fenômeno da presença de aves silvestres na região urbana, ainda nesta semana tinha um pica-pau na árvore em frente à minha casa que fica apenas a vinte minutos de caminhada do centro da cidade. É comum ver quero-queros passeando no calçamento das ruas da Cidade Nova.
Boas observações, José! Muito obrigado e participe sempre por aqui.
O lado bom que eles podem dar um fim nas nossas pombas… Hehee
Amigo! Pica-pau, tenho encontrado a muitos anis no centro da cidade, especialmente na Praça Tamandaré e na Praça Xavier Ferreira. A espécie mais comum na cidade é o pica-pau- verde barrado.