O Site Edson Costa Repórter teve acesso nesta quarta-feira (5) ao Plano de Contingência e Ação Estadual para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (nCoV), que possui duas páginas com procedimentos voltados exclusivamente ao Porto Marítimo de Rio Grande.
O governo gaúcho finalizou ontem o documento, respaldado em diretrizes acompanhadas pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Diante da Emergência em Saúde Pública declarada pela Organização Mundial da Saúde no dia 30 de janeiro a partir dos casos detectados na China, a Secretaria Estadual da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergências para cumprimento de protocolos em caso de infecção humana.
O PORTO
De acordo com os protocolos nacionais e internacionais, a presença de passageiro de embarcação com anormalidade clínica compatível com quadro suspeito de novo Coronavírus deverá ser comunicada pelo comandante da embarcação ao agente de navegação. O comandante terá que repassar imediatamente as informações ao Posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária– Anvisa e à administração portuária, apoiando à distância a autoridade sanitária na comunicação com a embarcação. A administração portuária deverá indicar, em conjunto com a autoridade marítima, de acordo com a avaliação de risco feita pela autoridade sanitária, o local de atracação da embarcação para desembarque do caso suspeito. O Plano de Contingência prevê que, além de garantir isolamento da área de atracação da embarcação, quando for requerido pela autoridade sanitária, seja viabilizado o acesso das equipes de saúde envolvidas na investigação e assistência ao caso suspeito.
O Posto da Anvisa terá que fazer contato imediatamente com o Centro de Vigilância de Portos, Aeroportos e Fronteiras e secretarias Estadual e Municipal da Saúde, e em conjunto com o Ministério da Saúde avaliarão se as informações fornecidas pela equipe de bordo sobre o viajante são compatíveis com a definição de caso suspeito. Se o caso for enquadrado como suspeito de novo Coronavírus imediatamente serão acionadas as equipes de saúde local para orientações em relação às condutas.
ENTREVISTA
No caso do Porto de Rio Grande a ordem é entrevistar os contactantes do caso suspeito e manter monitoramento. Já em caso de pacientes com quadro sem gravidade o Serviço de Saúde orientará isolamento domiciliar e as recomendações de cuidados, conforme protocolos do ministério. Em caso de pacientes com sinais de gravidade removidos aos hospitais de referência, o paciente deverá ser mantido em isolamento, seguindo protocolo ministerial. Os dois hospitais de Rio Grande, a Santa Casa e o Hospital Universitário, não estão entre os hospitais de referência escolhidos pelas autoridades governamentais e de saúde pública.
(Foto: Alcides Gonçalves/ST)
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