Uma reunião foi convocada às pressas hoje (20) após a confirmação do primeiro caso autóctone (contraído pela pessoa na zona de sua residência) de dengue no município de Rio Grande. A secretaria local de Saúde reuniu o Comitê Municipal de Combate à Dengue para adotar medidas mais enérgicas de combate ao mosquito transmissor. A confirmação foi dada pelo próprio governo do município. 

A REAL SITUAÇÃO

Ontem (19), após análise enviada pelo Laboratório Central (Lacen), com sede em Porto Alegre, foi confirmado o caso em Rio Grande. A pessoa é moradora no Bairro Maria, contínuo ao Parque Marluz, segundo a autoridade local de Saúde. A Prefeitura também confirmou que a pessoa infectada está em sua residência e já foi medicada, mas o bairro passou a ser monitorado pela secretaria. A pessoa infectada não visitou recentemente outra cidade nem outro estado. Os organismos municipais de saúde estão em alerta. A preocupação aumentou após um mutirão constatar que existem quinze focos de larvas do mosquito transmissor da dengue – aedes aegypti – no município. Os focos são nos bairros Maria e São Miguel, centro da cidade e na zona do Aeroporto.

GRAVIDADE

“A partir dessa situação, temos que promover ações mais agressivas no sentido de prevenção, a fim de evitar que uma epidemia surja. Estamos encaminhando a contratação emergencial de mais agentes de Saúde, faremos uma campanha mais forte e esclarecedora na mídia e já estamos articulando ações conjuntas de combate ao mosquito com o Exército e a Marinha”, disse o secretário da Saúde, Maicon de Barros Lemos. Ele explica que são ações estratégicas de controle e prevenção. “Todas essas medidas são no sentido de não tratar doentes e sim de prevenir que as pessoas contraiam a dengue.”

CUIDADOS

A autoridade lançou hoje recomendação à comunidade sobre a importância dos cuidados básicos que a população deve ter para evitar que se criem focos do mosquito da dengue em suas residências. “A orientação básica é a manutenção dos pátios dos domicílios, das casas sem objetos que contenham água acumulada, limpa ou parada. Caso alguém verifique algum foco, comunique à Vigilância em Saúde da Prefeitura, para que seja feita a abordagem e a verificação do problema”. A existência de muitos imóveis fechados ou abandonados também foi tratada na reunião de emergência. Os locais representam riscos de novos focos, ou seja, criadouros de larvas do mosquito. A secretaria está buscando formas legais de poder entrar e verificar in loco a real situação desses imóveis. Além da Vigilância Municipal, participaram da reunião a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), secretarias municipais, Defesa Civil, Conselho Municipal de Saúde, dentre outros setores.


(Foto: Wilson Rosa da Fonseca)