A enxurrada de críticas, confusões e incertezas sobre testagens para Covid-19 em Rio Grande mereceu o que a Prefeitura classificou de “Nota Explicativa”, lançada nesta segunda-feira (27) através da Vigilância em Saúde.

ENTENDA A FUNÇÃO

A situação chegou ao ponto de a autoridade local se manifestar sobre a rotina de testagens, incluindo as ligações telefônicas para a população sobre o agendamento dos testes. A Prefeitura fez questão de esclarecer que todas as testagens são enquadradas em protocolos e os pacientes são agendados para testagem por PCR ou para testagem rápida com base em tais formalidades.

“A Vigilância em Saúde só tem conhecimento e acesso aos pacientes que foram notificados no sistema com dados corretos (nome, telefone e endereço atualizado)”, refere o poder público. A Prefeitura reconheceu hoje a existência dos transtornos à população, mas justificou. “Pacientes que tiveram outro encaminhamento, a Vigilância em Saúde não tem possibilidade de ter conhecimento da existência dos mesmos”. Todos os profissionais que atendem pacientes e os identificam como suspeitos da Covid-19 têm a obrigatoriedade da notificação, de forma compulsória, como determina a lei. Também os laboratórios que realizam testagem em pacientes para detecção da Covid-19 devem encaminhar a notificação à autoridade local.

CARÊNCIAS

As ligações telefônicas, exclusivamente para os pacientes já notificados, são feitas a partir do recebimento da notificação à Vigilância Epidemiológica e até 14 dias após o início do isolamento prescrito pelo profissional de saúde. O mais grave na história é que a Prefeitura admitiu hoje a existência de “faltosos”. Conforme a explicação do governo municipal, “devido à rotina instituída para a diminuição de faltosos às testagens, as ligações para os contatos de pacientes positivos e pacientes notificados que se enquadram em testagem rápida têm ocorrido no 13º ou 14º dia de isolamento para a informação do horário e local da testagem rápida”.

A mesma Nota Explicativa admite que “o município do Rio Grande, desde o início de julho, vem passando por dificuldades de recebimento de swabs (material essencial para a coleta e análise por PCR – testagem padrão ouro e recomendado pela OMS)”. O problema, segundo a Prefeitura, interfere no sistema “em nível de estado do Rio Grande do Sul”. A Prefeitura garantiu hoje que já foi solicitada a compra pela Vigilância Epidemiológica. “Os tramites estão sendo realizados pelo setor de compras da Prefeitura Municipal”, assegurou o poder público.


Foto: Banco de Dados/Swab