A Santa Casa de Rio Grande teve que sentar à mesa para renegociar com o Banco Regional de Desenvolvimento do Estremo Sul– BRDE uma dívida de aproximadamente R$ 10 milhões, situação que se arrastava há muito tempo. A informação foi dada ao Site Edson Costa Repórter pelo presidente do hospital, Renato Menezes da Silveira. Segundo ele, a negociação precisou ser feita como forma de liberar a Santa Casa do registro no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal– Cadin. Trata-se do banco de dados no qual estão registrados os nomes de pessoas físicas e jurídicas em débito com órgãos e entidades federais. A Santa Casa recebe recursos oriundos da União, através do Sistema Único de saúde– SUS.
A dívida, disse o dirigente, era remanescente da operação de financiamento da construção do Hospital de Cardiologia, pertencente ao complexo da Santa Casa. “Estamos fazendo a mesma coisa com os bancos, ou seja, renegociando as dívidas existentes”, disse Menezes da Silveira.
O hospital amargava a situação de não poder realizar várias operações, ficando trancada a emissão de certidão negativa do Banco Central. A regularização teve que ser apressada, pois a inscrição no Cadin estava impedindo a renegociação de empréstimos feitos em gestões passadas com a Caixa Econômica Federal– CEF.
A renegociação com o BRDE foi feita pessoalmente por Renato da Silveira, com a participação do Setor Financeiro da entidade, resultando na diminuição de juros e uma carência de dois meses, dando um fôlego para o hospital que precisa seguir honrando outros compromissos vitais, como o pagamento da folha de funcionários.
(Foto: Site ECR)
Quem sabe, com pouco de humildade, o antigo administrador poderia orientar no sentido de não deixar dívidas rolando. É mais fácil acreditar que uma pessoa que esteve a frente da Instituição por 25 anos, só no último ano encheu a “burra”, enquanto quem chegou por último não fez nada. Realmente o Brasil realmente não é para amadores.