Uma situação diferenciada acontece na noite desta sexta-feira (27) em Rio Grande quando a oficialmente anunciada greve dos médicos da Santa Casa, para o bem da população, não ganha força. A paralisação das atividades eletivas iniciaria na passagem de sexta para sábado, movimento causado pelo pagamento em doses homeopáticas da remuneração dos profissionais.
TENTE ENTENDER
Às 22 horas, o presidente do Sindicato Médico de Rio Grande (Simerg), Sandro Gonçalves Oliveira (foto), deu entrevista ao Site Edson Costa Repórter e disse ter conversado o dia inteiro com seus colegas a respeito. Ele também falou por telefone com Renato Menezes da Silveira, presidente da Santa Casa. Segundo o sindicalista, o presidente Menezes não tem certeza sobre que dia deverá dispor de recursos no caixa para repassar aos médicos.
O presidente do Simerg falou que por volta das 22 horas desta sexta-feira, a Santa Casa apresentava uma baixa procura de pacientes e viu no Serviço de Pronto Atendimento apenas uma maca. “As emergências estão funcionando e acredito que a partir da meia-noite haverá, isto sim, um represamento”. A desaceleração do atendimento será na parte ambulatorial, ou seja, de procedimentos que não necessitam internação hospitalar. Os procedimentos que sofrem com a medida, os eletivos, são aqueles que podem ser programados, pois não são considerados de urgência ou emergência. Contudo, o presidente da entidade dos médicos admite que possa surgir uma demanda maior a qualquer momento, em razão de acidentes ou outras ocorrências de maior gravidade. “O que for grave terá atendimento, como traumas e atendimentos de extrema urgência”. O presidente do Simerg tentará novamente falar com Renato da Silveira neste sábado a respeito. Acredita– pelo que ouviu hoje por telefone do dirigente do hospital, ser possível no início da próxima semana surgir posição mais concreta sobre o aporte de recursos para pagar os médicos.
Sandro Oliveira vê esforço dos colegas na direção de renovar o voto de confiança na cúpula da entidade, acreditando que novo pagamento [parcela] deverá ser feito nos próximos dias. “A ideia de todos seria ficar trabalhando. Eles pensam em não ficar se não receberem”.
INQUIETANTE
A UPA da Junção registra grande movimento e os protocolos sinalizam que muitos casos sejam sempre encaminhados a um pronto-socorro hospitalar. Em suma, a greve anunciada oficialmente pelos sindicatos dos médicos do Rio Grande do Sul e do município de Rio Grande foi convertida em ‘represamento’ no sistema de atendimento a partir da meia-noite desta sexta-feira.
(Foto: Site Edson Costa Repórter)
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