Agravou-se muito nas últimas horas a já aflitiva situação do atendimento médico na Santa Casa de Rio Grande, embora haja uma luz no final do túnel sobre a pretendida liberação de recursos para pagar os médicos com seus honorários em atraso desde setembro do ano passado.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em contato com o Site Edson Costa Repórter nesta sexta-feira (17) emitiu posição sobre os últimos desdobramentos após reunião ampla, ontem, envolvendo o hospital, Portos RS, Ministério Público Federal e a autoridade municipal em Saúde.

Houve a solicitação de uma série de documentos necessários para liberação de R$ 14 milhões do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados. A liberação seria possível a partir de uma disposição da empresa que faz a gestão do Porto de Rio Grande e do MPF. Conforme o Simers, o prazo mínimo para que a situação comece a se desenrolar indica mais de 20 dias a contar de agora. A Santa Casa não tem data definida para pagar o que deve aos médicos desde setembro de 2024 e os atendimentos eletivos seguem suspensos. O valor da dívida com os médicos chega a R$ 13 milhões. Segundo a assessoria do Simers, médicos cogitam até mesmo encerrar seus contratos com a Santa Casa diante do impasse.

A dívida de R$ 13 milhões afeta mais de 80 médicos contratados como Pessoa Jurídica (PJ), conforme o Simers. O hospital de Rio Grande, em processo de recuperação judicial, está entre as mais endividadas Santas Casas do Brasiul.

(Foto: Arquivo/Divulgação)