Uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi temporariamente fechada e “por tempo indeterminado”. A alegação dada pelos diretores técnicos Wagner Pedrotti, do Hospital Geral, e Evandro Oss, do Hospital de Cardiologia e Oncologia da Santa Casa de Rio Grande, é que e medida foi tomada “devido ao não cumprimento das escalas de rotina e de Responsabilidade Técnica (RT)”. Conforme os médicos Pedrotti e Oss, “no momento não há condições adequadas para garantir a segurança necessária à continuidade das atividades da Unidade 2600”. Ambos afirmam que a restrição de internações encontra respaldo na normatização do Conselho Federal de Medicina, tendo em vista as dificuldades decorrentes das “condições técnicas e operacionais”.

Para os diretores, a insegurança está sendo causada– além da ausência do que eles chamam de ‘capacidade técnica e operacional’, pela paralisação dos prestadores de serviços.

O pedido feito por Pedrotti e Oss aos colegas médicos vinculados à chamada ‘UTI 2600’ é para que eles se localizem em outras áreas, conforme a necessidade operacional, “a fim de minimizar os impactos assistenciais”. A medida afeta os leitos destinados a pacientes de convênios médicos da UTI 2600, do complexo de Cardiologia. O comunicado oficial dos médicos chefes da Santa Casa termina anunciando o que a comunidade já sabe: “o momento é crítico”. Assim que a Santa Casa tiver previsão para o retorno das atividades da UTI, isto será informado com antecedência. Há vários dias os médicos suspenderam consultas e procedimentos operatórios eletivos na Santa Casa, por conta do atraso no sistema de pagamento pela direção da entidade. A presidência da Santa Casa ainda não veio a público explicar o assunto à comunidade de Rio Grande e aos demais municípios da região atendidos pelo hospital.

(Foto: Site Edson Costa Repórter)