Um novo golpe contra Rio Grande e os municípios de extensa região gaúcha está sendo anunciado pelo governo. A escandalosa situação dos valores exorbitantes dos pedágios– que tem como exemplo a praça de Capão Seco, em Povo Novo, ganha nova nuance com o anúncio do ministro Transportes, Renan Filho. É mais uma pá de cal na luta pelo fortalecimento da região, por onde escoa a maior parte da produção gaúcha e com um super movimento geral de veículos.

ENTENDA

Entre as concessões rodoviárias de 2025, no cronograma de editais e leilões previstos para várias rodovias federais, está a BR-116 entre Camaquã e Porto Alegre. A rota, além da BR-116, inclui trechos das rodovias 158, 392 e 290, chamada de Integração do Sul. Em abril, o projeto deverá ser analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, no caso de aprovação, o edital será aberto em setembro, com o leilão ocorrendo em dezembro. A intenção do Governo Federal em leiloar a rota está sendo vista por rio-grandinos ouvidos pelo Site Edson Costa Repórter como mais um duro golpe para meter a mão no bolso dos contribuintes.

É que, na esteira da concessão, virão os novos pedágios na região. A economia de Rio Grande e o porto marítimo têm sido duramente castigados pelos valores de pedágios nas várias praças existentes no caminho para o município. O atenuante é que o projeto de concessão da rota do Polo Rodoviário de Pelotas, de responsabilidade da Ecosul, foi arquivado. O monstro devorador ficou famoso por ter a tarifa de pedágio mais alta do país, R$ 19,60 para automóveis, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres já confirmou que no final de 2024 o contrato não será renovado após o vencimento, em abril de 2026.

O deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT) considera inoportuna a concessão do pedágio entre Camaquã e Porto Alegre, considerando que a Região Sul já sofre com o maior pedagiamento do país. Lindenmeyer assumiu compromisso de fazer um movimento junto ao Ministério dos Transportes e uma mobilização na região tentando postergar essa concessão para além de 2025.

(Fotos: Site Edson Costa Repórter)