Elisângela da Silveira Souza recebeu no final da tarde deste sábado (5) talvez a ligação telefônica mais importante em seus 52 anos. A notícia era que um fígado estava disponível para seu tão esperado transplante. Na fila de transplante há dez anos, ela saiu e retornou em situação de emergência. Logo após a ligação, a Secretaria da Saúde de Rio Grande liberou viatura para encaminhar a paciente do SUS à cirurgia, na Santa Casa de Porto Alegre.

Elisângela enfrenta uma batalha contra o câncer desde 2015. Inicialmente, a doença atacou células e foi tratada, mas ela já entrou na fila em “stand-by”, que é quando o paciente ainda não apresenta estado grave. Após alguns anos de quimioterapia, ela acabou desenvolvendo cirrose hepática. Em 2020, o câncer voltou na forma de tumores.

Eles foram tratados e retornaram dois anos depois. Após o problema se repetir, a paciente teve que ser submetida a novas formas de tratamento, mas quase no final de 2024 a situação teve agravamento, determinando seu ingresso na fila emergencial de transplante. Ela preside a Associação Rio-Grandina de Pré e Pós Transplantados (ARPPT). “A expectativa é muito grande, assim como a esperança de ter uma nova vida a partir da cirurgia”, disse Elisângela. Em Rio Grande, ela é paciente do Hospital Universitário (HU-Furg) com o suporte na Santa Casa de Porto Alegre. A secretária da Saúde de Rio Grande, Juliana Acosta, acompanhou toda a mobilização para o transporte da paciente até a capital.

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