Temendo pela sua integridade, um médico resolveu deixar a cidade de Rio Grande. A informação foi revelada na noite desta quarta-feira (16) pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul– Simers.

ENTENDA O CASO

O Simers e o Sindicato dos Médicos de Rio Grande (Simerg) resolveram lançar uma Nota de Repúdio a um episódio de violência ocorrido em uma Unidade Básica de Saúde do município de Rio Grande, na última sexta-feira (11). “Um médico foi alvo de tentativa de agressão por parte de um usuário do serviço, sendo necessária a intervenção de terceiros para evitar que o ataque se concretizasse”, apontaram as entidades representativas. Ainda segundo a manifestação de repúdio, no dia seguinte, o mesmo indivíduo foi flagrado rondando as imediações da unidade, o que ampliou a sensação de insegurança no local de trabalho do médico. “Temendo pela própria integridade, o profissional decidiu deixar a cidade”, enfatizou a nota.

Para os sindicatos, é inadmissível que casos de violência e desrespeito contra médicos e profissionais da saúde continuem a ocorrer sem a devida resposta. “A violência e qualquer tentativa de intromissão no exercício do ato médico configuram crime e devem ser tratadas com o máximo rigor”.

O Simers e o Simerg estão acompanhando o caso. Uma vistoria será realizada na unidade e os sindicatos pretendem urgentemente reunir-se com a secretária da Saúde no município, Juliana Acosta, quando irão cobrar medidas efetivas que garantam a segurança e o respeito aos profissionais.

“Nossa solidariedade ao médico vítima desta situação inaceitável. Reafirmamos nosso compromisso em não permitir que a violência seja normalizada no ambiente de trabalho”.

MAIS INFORMAÇÕES

Às 19h30 desta quarta-feira, o presidente do Simerg, Sandro Gonçalves de Oliveira, falou ao Site Edson Costa Repórter a respeito, sinalizando que o colega médico está bastante tenso diante da situação. Uma reunião acontece ainda na noite de hoje entre a presidência do Simerg e o médico vítima da violência em Rio Grande. Já existe boletim de ocorrência policial sobre o fato. O nome do médico, por questão de segurança pessoal e de sua família está sendo preservado, assim como a unidade de saúde situada em um bairro da cidade.

(Foto: Site Edson Costa Repórter)