Com a venda do artesanato prejudicada em função da pandemia de Covid-19, cerca de 120 integrantes das aldeias existentes em Rio Grande, enfrentam dificuldades. Comercializando artesanato, as três aldeias das etnias Kaingang e Guarani Mbya, Yiembré (Palma), Pará Rokê (Domingos Petroline) e aldeiamento Goj Tang, do Cassino, conseguiam auferir sua principal renda, usada na compra de alimentos, materiais de higiene, fraldas e outros itens.

A necessidade de reduzir as saídas e o isolamento dos indígenas para evitar o contágio pelo coronavírus, ações foram planejadas pelo poder público municipal para arrecadação dos gêneros junto à comunidade e parceiros tradicionais. Através da Rede Acolher, a Prefeitura recolhe cestas básicas. A alimentação da população indígena tem características específicas que atendem a uma dieta tradicional de ingestão de frutas, legumes e proteína animal, itens mais difíceis de arrecadar. Doações da comunidade, Programa Mesa Brasil e Refinaria Riograndense, têm auxiliado. A Coordenadoria Municipal dos Povos Indígenas aguarda recursos do Estado para a compra de gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza, além de itens da medicina tradicional Guarani. A Universidade Federal do Rio Grande vai fazer a doação permanente de álcool em gel aos integrantes das aldeias.

PREVENÇÃO

O Plano de Prevenção ao Contágio pela Covid-19 nas aldeias no município de Rio Grande envolve frentes de trabalho de educação das comunidades indígenas, com profissionais que atendem essas populações. Têm sido buscadas alternativas para fazer chegar orientações aos indígenas, mantendo o distanciamento social. Estão em curso, rotinas de compartilhamento de informação com as comunidades, inclusive via grupos de WhatsApp.
Portaria da Fundação Nacional do Índio– Funai também restringiu os contatos diretos com as comunidades indígenas, exceto para a entrada de autoridades públicas de atendimento à saúde e segurança.


(Foto: Divulgação/PM Rio Grande)