A ex-funcionária da Santa Casa de Rio Grande Maria Tatiane Silveira Bastos declarou hoje (11) ao Site Edson Costa Repórter ter ouvido de um médico que atendeu seu tio uma frase emblemática: “aqui quem não tem Covid, vai pegar”.
O RESUMO DO EPISÓDIO
Tatiane levou seu tio, Rubens da Rosa Silveira, de 75 anos, no Hospital de Cardiologia, com forte dor no peito. Na continuidade, Rubens acabou sendo transferido ao Hospital Geral da Santa Casa, onde a decisão foi de encaminhá-lo à Ala Covid, em meio aos protestos da família. “Ele não tem sintomas de coronavírus”, afirmou a familiar. Um médico disse à Tatiane Bastos “ser praxe pacientes com problemas pulmonares serem levados para a Ala Covid”. O protesto de nada adiantou. Os exames hospitalares constataram que o paciente tinha pneumonia. Desconfiada e não concordando com a decisão de colocar seu tio com pessoas comprovadamente infectadas pelo vírus, a sobrinha contratou o serviço de um laboratório particular que foi ao hospital. Posteriormente, o laboratório anunciou o resultado: Rubens não tinha Covid-19.
A sobrinha também denunciou que seu tio foi semiabandonado na Ala Covid da Santa Casa. “Meu tio, de alguma forma, sentindo-se perdido, conseguiu pedir ajuda a uma pessoa que não conhecíamos, dando conta da situação dramática enfrentada na Ala Covid, sem cuidado”. O homem resolveu informar à família o que estava ocorrendo com o paciente. “Meu tio ficou sem comida nem medicação durante pelo menos seis horas e queria ir embora”, relatou o porta-voz do pedido de socorro. A família correu e forçou o contato com o médico da Ala, pedindo sua presença no Pronto-socorro. Uma hora depois, o médico chegou e prometeu à família que as atendentes proporcionariam uma videochamada para que o paciente fosse visto, o que acabou não acontecendo, pois o número de Tatiane foi bloqueado pela pessoa designada para fazer a ligação.
Quatro dias depois da internação, Rubens morreu e o exame requisitado pela Santa Casa e feito através do Hospital Universitário (HU) confirmou o resultado negativo do laboratório particular. A Vigilância Epidemiológica deu o resultado à família no dia da morte do paciente. O estranho é que na Certidão de Óbito de Rubens constou “Covid-19”, o que a família pretende contestar através de uma ação judicial. Por escrito, o Site Edson Costa Repórter pediu explicações ao presidente da Santa Casa, bispo emérito católico Dom José Mário Stroeher, que preferiu não responder. O pedido de explicações também foi feito à empresa GV Consulting, que faz a gestão do hospital. A empresa também optou pelo silêncio.
MAIS MORTES
Nesta terça-feira (11) mais duas pessoas morreram por Covid-19 em Rio Grande, uma mulher, 71, pensionista, e um homem, 93 anos, aposentado, ambos sintomáticos e sem comorbidades. Agora, o município contabiliza 85 vítimas fatais do coronavírus e a UTI da Santa Casa segue com 80% de sua capacidade ocupada. Com mais 31 pacientes positivados hoje, já são 1.805 casos desde o começo da pandemia, dos quais 1.634 alcançaram a recuperação.
(Foto: Site Edson Costa Repórter)
Estão nem ai pro povo!!
Estão tripudiando da cara do povo!!
Acho que cada pessoa deveria gravar uma live mandar p seus conhecidos e amigos pra compartilharem p país e pedir que chegue ate o gov. Federal pra que aconteça alguma coisa a favor do povo riograndino.
Do jeito que está não vamos ter como nos livrar desse caos.