A assessoria da Prefeitura de Rio Grande anunciou na tarde desta quinta-feira (6), em comunicado, que ‘Alexandre voltou para casa’. A falta de cuidados, desrespeito e tratamento indigno contra trabalhadores no Brasil não é fato novo.

ENTENDA O QUE HOUVE 

O princípio de não deixar ninguém para trás– não importando riscos e consequências, está profundamente enraizado na honra militar. Contrariando o comportamento em guerras onde soldados não costumam deixar um dos seus para trás, em Rio Grande isto não aconteceu com o trabalhador civil Alexandre de Souza, 45 anos, de Alvorada (foto). Ele foi deixado para trás por uma empresa de fora que contratou seus serviços para vender abacaxis em Rio Grande, o que acabou envolvendo até a Defesa Civil. Unindo esforços à Secretaria de Cidadania e Assistência Social e Brigada Militar foi prestado auxílio ao ambulante. Abandonado, o trabalhador passou por apuros, em terra que desconhecia e nem possui parentes.

O empregador deixou o vendedor sem abrigo e alimentação, entregue à sorte. A Defesa Civil foi acionada pela Brigada Militar e o vendedor encaminhado para atendimento na assistência social. Sem teto, Alexandre foi abrigado e recebeu alimentação durante os últimos dias. Conforme a Defesa Civil, Alexandre e outros trabalhadores foram trazidos para a venda de abacaxis nas ruas da cidade e acabou sendo deixado para trás pelo empregador, sem amparo algum. A empresa também enviou Alexandre para Rio Grande sem qualquer documento de identificação. O secretário municipal Evandro da Silveira, da Cidadania e Assistência Social, disse ao Site Edson Costa Repórter que foi necessário, durante o período de abrigamento do ambulante, encaminhar a confecção de documentos do trabalhador para que ele pudesse retornar para casa. Ele já está com sua família, na região metropolitana de Porto Alegre.

(Fotos: Site ECR e Assessoria)