(Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini)


A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann (foto), negou ter indicado a Associação Vila Nova, de Porto Alegre, para gerir o Hospital Santa Casa de Rio Grande. A associação apresentou proposta para assumir a Santa Casa e colocou no documento que contava com a indicação de Arita Bergmann, maior autoridade na área da saúde do RS. Agora, a secretária de Estado resolveu encaminhar o ofício nº 330/2019 à presidência da Santa Casa desmentindo a indicação. O mesmo pedido de informações que dias atrás Ruben Bonato, então “presidente em exercício” da Santa Casa encaminhou ao promotor Érico Rezende Russo, foi enviado à secretária Bergmann.

Antes dela, o promotor Russo deu cáustica resposta a Bonato, sugerindo que ele fosse a campo buscar as informações pretendidas, “pois o Ministério Público não é órgão consultivo”. Agora foi a vez de Arita Bergmann responder de forma enfática ao dirigente, pastor luterano emérito Ruben Bonato. O documento esclarece que a posição da Secretaria Estadual da Saúde tem sido de colaborar com a Santa Casa, “porém nunca de interferir em quem efetivamente irá administrar a instituição”. Bergmann colocou que “não cabe à secretaria responder pontualmente aos questionamentos encaminhados, pois além de não conhecermos a proposta apresentada, trata-se de matéria interna da associação”.

Em tom forte, Arita Bergmann desenhou a situação a Bonato nas linhas finais do ofício. “Ratificamos, ainda, que pelas razões já expostas, não há nem poderia haver qualquer tratativa com o Hospital Vila Nova ou com qualquer outro gestor que possa vir a administrar a Santa Casa de Rio Grande”. A proposta que a Associação Vila Nova apresentou à Santa Casa e ao próprio Ministério Público, apontava que a entidade contava com o referendo da secretária Arita Bergmann, provocando o desmentido. Nos últimos dias, dois dirigentes da Associação Vila Nova tiveram suas situações expostas ao MP pelo próprio pastor Ruben Bonato, que entregou cópias de processos apontando o envolvimento de dois dirigentes da entidade de Porto Alegre em denúncias, Dirceu Beltrame Dal’Molin e Carlos Henrique Giambastiani Casartelli.