Uma ação do Ministério Público Estadual garantiu a anulação da compra de um palacete feita pela Prefeitura Municipal do Rio Grande. O imóvel custou aos cofres públicos R$ 1 milhão e 900 mil. Agora, após tramitação, a justiça anulou o contrato de compra e venda do prédio, acolhendo pedido do MP em ação civil pública. Trata-se do imóvel da Rua Vitorino nº 666, na zona central. Conforme o Ministério Público, Tatiana Bergamaschi Costa e Lucia Bergamaschi Costa Weymar foram condenadas à devolução aos cofres municipais dos valores recebidos na negociação, totalizando R$ 1,9 milhão, acrescidos de juros e correção monetária.
Na sentença, o Município do Rio Grande também foi condenado a restituir ao Fundo de Preservação do Patrimônio Arquitetônico o valor correspondente ao utilizado para a aquisição, de R$ 600 mil, com a devida correção. Conforme a ação, assinada pelo promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alan, “a aquisição de bem que não se encontrava tombado pelo patrimônio histórico e cultural não foi lícita”. O entendimento da justiça ao acolher o argumento do Ministério Público é que “a compra foi ilegal”.
A iniciativa do executivo municipal acabou colidindo com a justiça por ter derivado de um processo sem licitação e com a utilização irregular dos recursos do Fundo de Preservação do Patrimônio Arquitetônico do Município do Rio Grande.
CASO 666
O site oficial da Prefeitura Municipal do Rio Grande ainda não registra a posição do governo a respeito do ‘Caso 666’. O episódio ficou assim conhecido após denúncias envolvendo irregularidades na aquisição do suntuoso imóvel, no valorizado centro da cidade. O Decreto nº 15.069, publicado no dia 29 de novembro de 2017 pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer, do PT, declarou de Utilidade Pública para fins de tombamento o Palacete da Rua Vitorino, 666.
O prefeito, ao assinar o decreto, argumentou tratar-se do único imóvel remanescente íntegro caracterizado como de influência alemã, próprio do período da industrialização do município, manifestado nas indústrias e nas casas palacianas de seus proprietários. Ainda segundo o decreto, tais construções, trazidas para as periferias das cidades, dotadas de simbolismo e referências pastoris, ajardinadas e implantadas no centro dos lotes, remontam às referências afetivas que os imigrantes tiveram que deixar na Alemanha quando se estabeleceram no Brasil.
O prédio foi mandado construir por Kurt Fraeb. O projeto foi aprovado para construção pela Intendência Municipal em novembro de 1923. A pós a negociação com os proprietários, a prefeitura anunciou que transferiria para o Palacete 666 da Rua General Vitorino, a Secretaria de Cultura do município.
(Imagem: Google Maps)
Parabéns pelo teu trabalho Edson Costa. É muito importante termos um jornalista que priorize a notícias indpendente de quem esteja no poder.
A sociedade não pode abrir mão do direito à informação. O Site prossegue cumprindo a missão, trabalhando os temas de maior relevo à sociedade. Abraço e muito obrigado, Rudimar!
deveriam mapear, e tornar publicos quais os predios sáo da prefeitura e quais são alugados pela prefeitura e valores.afinal são patrimonio do contribuinte.
O contribuinte precisa ter facilitado o acesso a todas as informações, notadamente quando estão em jogo recursos que não são da Prefeitura. Os recursos são dos cidadãos e assim, a transparência deve ser a marca na relação entre governantes e contribuintes. Obrigado pela manifestação no Site, Ronaldo!
É um descalabro!
O PT gosta de ajudar os amigos com dinheiro publico.
A sociedade precisa vigiar. Muito obrigado pela manifestação aqui no Site, Silvia!
Olá Edson Costa, muito importante tua publicação. Infelizmente esse negócio desde o início para qualquer leigo era uma baita SACANAGEM. O pior é ver o MP dando apoio a essa CANALHICE. ISSO É muito triste!
Com a palavra, a Câmara municipal, que deveria ser a guardiã dos direitos e fiscalizadora das ações do Executivo, Mara!
Edson, você esqueceu de mencionar que a família Bergamaschi doou R$ 5.000,00 para a campanha do Alexandre
Guaranta Agricola Ltda. Esta foi a empresa de um dos familiares que doou para a campanha do Alexandre, fora isso também falasse em dividas de honorários junto ao escritório da família do prefeito, mas isso não tenho como confirmar.
Com a palavra, o Ministério Público Estadual e a Câmara de Vereadores, que existem com finalidades de salvaguarda de direitos e, principalmente, fiscalização. É gravíssima a situação. Participe sempre aqui n a ferramenta inclusiva, Marlon. Abraço!
Interessante a informação, o que precisa ser visto. Espero que ainda hoje haja manifestação das “autoridades” sobre a questão. É preciso cruzar informações, Marlon.
E meus amigos RIO GRANDE MERECE MAIS, um bando de pilantras essa turma do PT.
Agradecido pela manifestação por aqui, Marcio. Abraço!
E a santa casa como fica?
A Santa Casa está sendo perdida por falta e gestão e de uma autoridade que tenha capacidade de bater o martelo e exigir que o hospital seja retomado. Oitocentas mil pessoas da região estão desassistidas. Triste e inadmissível o quadro, Sidinei.
Entendo que nossa prefeitura precisa rever alguns conceitos, seja quem for que venha assumi-la.
Existem funcionários demais, existem carros (e muitos) demais e existem l prédios demais em uso. Não precisa se dizer que é um problema crônico de gestão, que extrapola um mandato, é revisar isto pra que o objetivo fim de uma administração pública seja alcançada.
Nossa Prefeitura precisa ter prefeito e alinhamento de ações. É urgente que se tenha prefeito, vice e um trabalho em sintonia com as reais necessidades da sociedade civil, tanto quanto é vital uma Câmara (fiscalizadora) entrando em campo. É o quadro instalado, Santana.
Tem de aproveitar e colocar esse dinheiro na STA CASA, AJUDAR A AMENIZAR OS ESTRAGOS QUE FEZ. QUERIA SABER PORQUE A PREFEITURA PRECISA DE TANTOS PRÉDIOS ALUGADOS. PQ ATÉ NA ANTIGA MOTOBŔÁS, FUNCIONA PARTE DA PREFEITURA. SERÁ QUE PRECISAM TANTO ASSIM DE TANTOS PRÉDIOS ALUGADOS? EU FAÇO IDEIA DO ESBANJOS QUE EXISTEM NESSES ALUGUÉIS.
PARABÉNS, ÉDSOON, VC É ESPETACULAR!!
SÓ NÃO DÁ PRA ENTENDER O QUANTO A SITUAÇÃO DA STA CASA É URGENTISSÍSSIMA E CONTINUA A TRIPUDIAÇÃO COM GIDAS INOCENTES SE PERDE DO ÀS PILHAS, ENQUANTO NESSE CASO SÃO VIDAS INOCENTES, NÃO SE TRATAM DE BENS MATERIAIS, MAS VIDAS, PRIORIDADE PRA UM POVO, COMUNIDADE, PAÍS!!!
Rio Grande, há muito tempo, está merecendo mais. Sobretudo mais atenção cuidado e respeito, Marga. Fraterno abraço e obrigado pela sempre importante participação no Site!
Entendo desnecessária a compra deste imóvel, em especial da forma como foi feita, felizmente como disse antes o MP estava atento,cumprindo seu papel de fiscalizador do cumprimento das leis.
Este assunto, dentre tantos, precisava de uma resposta efetiva. Parece que veio. Já outros tantos, merecem um tratamento de choque pela Justiça, escoadouro das aflições da sociedade. Espero que o rigor seja estendido a outras áreas problematizadas, amiga Vera Lucia.
Perfeito comentário. Se, os órgãos fiscalizadores atuassem com mais frequência e imparcialidade, muitas coisas andariam de acordo com as necessidades sociais.