O presidente da associação mantenedora do Hospital Santa Casa de Rio Grande, Renato Menezes da Silveira, declarou ao Site Edson Costa Repórter que não está nos planos da entidade demitir funcionários. Ele desfez boatos sobre redução no quadro, atualmente composto por 1.350 funcionários. Por outro lado, conforme Menezes da Silveira, o que está em andamento é uma revisão geral dos contratos de prestação de serviços e fornecimento de produtos necessários ao funcionamento do hospital. Sob análise, o Site Edson Costa Repórter possui cópias de todos os contratos com terceiros vigentes na Santa Casa. Na gestão passada houve denúncias sobre indícios de superfaturamento em contratos com terceiros mantidos pela entidade que enfrenta a maior crise financeira desde a sua fundação.

Na última sexta-feira (30.04), véspera do feriado do Dia do Trabalhador, as contas da gestão passada, liderada pelo bispo emérito católico Dom Jose Mário Stroeher, acabaram sendo aprovadas durante Assembleia Geral Ordinária de quórum bastante reduzido, por 13 votos a 2. Antes da assembleia, o Conselho Fiscal aprovou parecer favorável às contas, por 2 a 1. Os problemas no hospital sofreram agravamento desde a intervenção decretada pela Prefeitura no dia 31 de março de 2015 e iniciada um dia depois, em 1º de abril.

CONTRATOS

O atual presidente do hospital garantiu que nenhum contrato deixará de ser revisto, mas não há prazo fixado para a conclusão do que a direção chama de ‘realinhamento’. Confirmou a existência de fornecedores de fora da cidade, como de carnes e hortigranjeiros. “O que nos importa é preço e qualidade”, explicou Silveira. Dentre as medidas para amenizar a difícil situação das finanças do hospital, a presidência tenta obter a redução dos juros referentes aos empréstimos contraídos em gestões passadas pela Santa Casa, renegociando contratos. Há taxas bancárias que chegam a 18% ao ano, o que agrava o comprometimento das finanças do hospital.

(Foto: Site ECR)