Após cinco dias do vazamento de óleo pelo navio grego Dimitris L durante operação de abastecimento no cais do complexo Termasa, autoridades ambientais e Marinha continuam trabalhando no Plano de Área do Porto do Rio Grande.
Nesta segunda-feira, 18, uma nova reunião avaliou as medidas tomadas e foi revogada a ordem de retenção da embarcação. Segundo a autoridade portuária, a revogação ocorreu “tendo em vista a realização de todos os procedimentos legais”. Hoje foi iniciado o processo de desmobilização da emergência ambiental, mas seguem o monitoramento da região e a limpeza de estruturas como pedras, píer e defensas alcançadas pelo óleo e que ainda estejam sujas. O Ibama recomendou que limpeza através de jato de água de baixa pressão com contenção e posterior recolhimento do material. O vazamento foi por volta das 23 horas de quarta-feira, dia 13. Os integrantes do Plano de Área, Ibama, Fepam, Patrulha Ambiental, Marinha, terminais portuários e poder público municipal acompanham as ações desde o vazamento de óleo que se deslocou por longa distância.
O monitoramento, localização e combate a focos dispersos das áreas principais vem ocorrendo diariamente. O Centro de Recuperação de Animais Marinhos e o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental– Nema realizam vistorias nos ambientes terrestres e marítimos para identificar possíveis animais com manchas. Uma nota divulgada pela da Superintendência dos Portos/RS aponta que “ao longo do percurso de monitoramento, algumas aves foram avistadas e monitoradas, sem necessidade de recolhimento de animais”. O monitoramento da fauna do entorno da área próxima ao terminal onde ocorreu o vazamento de óleo será desenvolvido até sábado que vem, 23.
O Nema começará na quarta-feira, 20, uma expedição até a Barra da Lagoa do Peixe ao norte, e até o Chuí, ao sul, para monitorar a extensa região. A autoridade portuária afirmou hoje que “não há mais nenhum foco de vazamento de óleo”. Conforme a empresa Hidroclean, no sábado passado foi concluída a operação de retirada de óleo livre na região do Tecon Rio Grande. O comandante do navio grego informou em relatório oficial que foi concluída a limpeza completa da embarcação e retirada dos resíduos sólidos gerados, trabalho desenvolvido através de uma empresa especializada.
A Cranston Marine and P&I Consultants entregou a Carta Garantia para cobrir os custos operacionais e humanos empregados na operação do Plano de Área. Esse processo faz parte dos seguros obrigatórios do processo operacional do transporte marítimo e foi atendido pelos agentes e seguradores da embarcação no Brasil. Contudo, os cuidados de absorção e contenção de óleo serão continuados por mais trinta dias.
TARTARUGA
Menos de 48 horas após o vazamento, uma ‘tartaruga-de-couro’ (Dermochelys coreacea) encalhou viva na praia do Cassino, a cerca de três quilômetros dos Molhes da Barra. O animal foi resgatado e encaminhado para reabilitação. A tartaruga, bastante debilitada e com poucos reflexos, não resistiu e morreu poucas horas depois. Na necropsia, segundo os especialistas, foi constatado “afogamento e obstrução do trato intestinal por conteúdo plástico, e nenhum indício de óleo foi encontrado no corpo do exemplar”.
Fotos: Fly Câmera Pelotas (Navio) e Superintendência dos Portos/RS
Precisamos cuidar muito bem do nosso meio ambiente, Vera Lucia! A população deve acompanhar tudo muito de perto.
Felizmente desta vez os danos năo foram de grande monta, e parece que todas as provodencias necessarias foram tomadas. Tomara que seja isto mesmo, pois, nos riograndinos ainda somos assombrados pelo famigerado Bahamas, sempre que ouvimos falar em derramamento de óleo.