Os vereadores de Rio Grande, após darem sucessivas autorizações para a Prefeitura contrair empréstimos bancários, resolveram sinalizar que o caminho é perigoso demais ao município, seriamente endividado.

Nesta segunda-feira (27) pela manhã, em sessão extraordinária, a maioria dos vereadores resolveu rejeitar outra tentativa da administração municipal de contrair mais um empréstimo, agora no valor de R$ 10 milhões. O prefeito Alexandre Lindenmeyer, do PT, tentava a autorização da Câmara Municipal para contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal no âmbito do “Projeto Caixa Ilumina”. A intenção da Prefeitura Municipal era utilizar os R$ 10 milhões para substituir aproximadamente sete mil lâmpadas de vapor de sódio por outras com a tecnologia LED, instaladas em diferentes logradouros.

A proposta incluía a ampliação da rede de iluminação pública para atender o loteamento ABC-X, o complexo Junção, o entorno da sede do Centro Cívico e o trevo de acesso à área urbana. Pesadas críticas à nova tentativa de conseguir dinheiro através de empréstimo bancário vinham sendo feitas pela população há vários meses. Uma das alegações durante a sessão desta segunda-feira no legislativo foi que o texto legal do pedido encaminhado pela Prefeitura não continha todas as informações necessárias para uma perfeita análise.

COMO VOTARAM

Dez vereadores votaram contra e nove foram favoráveis à autorização do empréstimo. O pedido de empréstimo foi derrubado com os votos dos vereadores Filipe Branco, Laura Fagundes, José Claudino Saraiva, Júlio Pereira da Silva, todos do MDB, Andréa Westphal e Giovani Moralles (Patriota), Cláudio de Lima (PSB), Rafael Ceroni (Cidadania), João Dutra Júlio (Republicanos) e José Antônio da Silva, do PSDB. Votaram a favor os vereadores Benito Gonçalves, Denise Marques, Edson Gomes Lopes, Luciano Gonçalves, Rovam de Castro, todos do PT, além de André Moraes de Sá (PSD), Jair Rizzo (PSB), Flávio Maciel (Solidariedade) e Rogério Gomes (Cidadania). O prefeito Alexandre Lindenmeyer lamentou a decisão da Câmara Municipal e afirmou a disposição de buscar alternativas para realizar o que estava sendo pretendido. “Não vamos jogar a toalha”, acrescentou.


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