Rio Grande aguarda a liberação pelo governo do Estado de mais doses da vacina contra a Covid-19 para continuar disponibilizando o imunizante a outras faixas de idade. Nos últimos dias, incluindo esta quarta-feira (2), trabalhadores do porto de Rio Grande seguiram recebendo a vacina. O Ministério da Saúde anunciou na semana passada que passaria a vacinar o público em geral, na faixa etária inferior a 59 anos, mas as doses ainda não foram disponibilizadas. No município de Rio Grande e na região há uma expectativa em torno da compra de vacinas pelo consórcio dos municípios da Zona Sul. O Prefeito de Rio Grande Fábio Branco (MDB) sancionou lei no dia 2 de março deste ano para garantir a compra de vacinas contra a Covid-19. Ele também assinou o decreto de abertura de crédito no orçamento, possibilitando que o Município faça a gestão das imunizações. O projeto de lei solicitando a abertura de crédito especial para a compra de vacinas contra o coronavírus com recursos próprios da Prefeitura tinha sido aprovado pelo Legislativo Municipal. O crédito especial aberto e destinado à saúde do município é de R$ 1 milhão.
A CAMINHO
As 356.500 doses da Astrazeneca/Fiocruz enviadas ao estado gaúcho na tarde desta quarta-feira (2), somadas ao lote de 38.610 vacinas da Pfizer previstas para chegar na quinta-feira, dia 3, serão utilizadas para completar a vacinação dos trabalhadores portuários e pessoas com comorbidades. A intenção do governo também é avançar na imunização dos deficientes permanentes e para deflagrar a vacinação dos trabalhadores da educação no Estado. As secretárias da Saúde, Arita Bergmann, e da Educação, Raquel Teixeira, participaram da reunião com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS) que definiu a destinação das doses. “Considerando os trabalhadores da educação já vacinados em diversos municípios, que somam aproximadamente 66 mil no Estado, mais o quantitativo de quase 30 mil doses que iremos distribuir agora, vamos alcançar praticamente a metade (49%) desse público prioritário, que tem cerca de 190 mil pessoas no RS, segundo a estimativa do Ministério da Saúde”, afirmou Bergmann.
Já a secretária Raquel Teixeira entende que a vacinação dos trabalhadores da área da educação, além de imprescindível, “trará serenidade e mais segurança no retorno às aulas no Estado”. Devem se vacinar, em ordem de prioridade, trabalhadores de creches, pré-escolas, ensinos fundamental, médio e profissionalizantes, bem com o EJA, além de trabalhadores da educação do ensino superior.
Municípios que conseguirem finalizar a imunização dos grupos das comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas em situação de rua, funcionários do Sistema de Privação de Liberdade e população privada de liberdade, bem como trabalhadores da educação, podem seguir avançando na lista de prioridades, com o acréscimo, de forma concomitante, da vacinação por idade da população em geral (59 a 18 anos).
Outra definição da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) na reunião desta quarta (2), após relatos de mortes de hipertensos não vacinados informadas por secretários municipais, foi a liberação da vacinação dos hipertensos leves. “Agora não precisa mais ser hipertenso grave para ter direito à vacina. Para se imunizar, a pessoa precisa levar ao posto um receituário que indique que tem hipertensão, apenas isso”, afirma a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos. A distribuição das vacinas Astrazeneca e Pfizer às 18 coordenadorias regionais de saúde, incluindo Rio Grande, que encaminham as doses aos municípios, será realizada na sexta-feira (4).
(Foto: Site ECR)
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