O presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Rio Grande (Amar), Gilton Lira de Mendonça, foi enfático ao declarar hoje que “é necessário garantir no orçamento do município um recurso fixo para manutenção de associações dessa natureza e não apenas repassar quando há sobra de dinheiro”. Para ele, assim como os deficientes têm prioridade de atendimento no comércio e na hora da matrícula na rede de ensino, devem ser priorizados no orçamento público do município.

A manifestação foi feita uma semana após a Amar anunciar a suspensão dos serviços de acolhimento das famílias por meio da escuta e mediação de demandas, missão executada pelos funcionários da entidade. “A Prefeitura Municipal não repassa os valores desde 31 de março, o que acarretou a suspensão do atendimento”. A declaração foi feita no plenário da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (22) pelo presidente Gilton, explicando que os funcionários vinham trabalhando sem receber seus salários. O presidente falou também que, após a suspensão, o executivo municipal se comprometeu a garantir a verba para dar continuidade ao funcionamento normal da Amar. Conforme o presidente, o serviço deve ser retomado nos próximos dias. “É necessário que a associação não precise mais correr atrás da verba, mas que ela seja priorizada e garantida pelo poder público no orçamento municipal”, reforçou o dirigente da entidade de pais e amigos dos autistas.

O presidente Gilton Lira disse que são grandes as dificuldades encontradas por aqueles que defendem os direitos das pessoas com transtorno do espectro autista. Explicou que a associação procura ouvir as demandas de usuários e, junto aos responsáveis pelas políticas públicas, luta pela melhoria do atendimento. Lira defendeu que câmara e prefeitura precisam reunir usuários de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência para melhorar os serviços. “Mas é preciso que isso seja feito sem disputas partidárias”, concluiu.