A organização criminosa denunciada recentemente em reportagens levadas ao ar pelo Site Edson Costa Repórter, continua na mira de autoridades de diferentes esferas. As denúncias envolvem dezenas de pessoas que participam ativamente da invasão e venda irregular de lotes na localidade da Querência, no Bairro Balneário Cassino, principalmente nos redutos Stella Maris e Princesa do Sul, palcos da atuação de uma milícia, conforme os depoimentos de fontes ouvidas pelo Site recentemente. No âmbito do Ministério Público Estadual– MPE, várias linhas de investigação estão apresentado desdobramentos. Algumas estão sob a responsabilidade direta da Promotoria de Justiça Especializada em Rio Grande.

Num dos recentes despachos, o promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alan emitiu Mandado de Vistoria para ser cumprido, segundo cópia do documento em poder do Site, na via principal do Loteamento Princesa do Sul. Conforme o despacho, o representante do MP recebeu a informação de que “um homem chamado Renato Medina está comercializando terrenos sem infraestrutura no loteamento”. De acordo com o relato apresentado ao promotor Zachia Alan, a comercialização acontece na avenida principal do Princesa do Sul e há imensa propaganda da atividade. “Assim sendo, determino que o setor de diligência vá ao local e tente localizar o ponto de venda”.

A certidão lavrada pelo servidor designado revela que, em duas incursões pelo loteamento Princesa do Sul, “foi verificada a existência de um chalé verde (foto) anunciando a venda de terrenos, porém estava sempre fechado”. Segundo consta na certidão anexada ao expediente no MP, “alguns moradores não souberam informar se estavam ocorrendo vendas de terrenos”. Diante das dificuldades iniciais, foi feita ligação para o número do telefone celular anunciado na faixa afixada no chalé. A pessoa que atendeu se identificou como “Renato” e diante do interesse manifestado de comprar um terreno, a resposta veio prontamente. “Temos terrenos no loteamento para venda, nos valores de R$ 35 mil e R$ 40 mil, com medidas de 10x25m, com pagamento à vista”, anunciou do outro lado da linha o homem que se identificou como “Renato”. O Ministério Público prossegue atuando na investigação da venda de terrenos na Querência.