ENTENDA A CONFUSÃO
Um decreto assinado pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer (PT) determinando contenção de despesas no âmbito do município levou a Secretaria da Saúde local a distribuir um comunicado interno. No texto da mensagem, chancelada pelo secretário Maicon de Barros Lemos, foi anunciado o contingenciamento de serviços também no âmbito da secretaria. A mensagem explicou que a redução de serviços na área médica era em função do Decreto nº 16.631, publicado pelo prefeito.
A ambulância do Pronto Atendimento Municipal sofreria redução no serviço prestado à comunidade aos sábados e domingos na parte da noite. Já a ambulância para atendimento ao Distrito de Povo Novo teria reduzido seu uso também aos sábados e domingos, mas na parte diurna. O texto referiu que seria diminuído um médico por plantão em todas as Unidades Básicas de Saúde 24 Horas (UBS) “nos horários de comprovado menor movimento”. Pelo documento, deveria ser informado o conteúdo do pacote de restrição de serviços “à Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças, para providências de renegociação do contrato”. A redução dos serviços, ainda pelo comunicado baseado no decreto do Executivo, deveria começar no último dia 21.
‘SARAIVADA’
O assunto provocou repulsa na comunidade e uma ‘saraivada’ de críticas endereçadas à prefeitura. Segundo o secretário Barros Lemos, o decreto nº 16.631 abrange todas as secretarias municipais, inclusive a da Saúde, o que leva à necessidade de ajustes administrativos e técnicos. Cópia fiel do comunicado circulou amplamente nas redes sociais, mas o secretário frisa que se tratava de um e-mail administrativo. “Não havia na data da veiculação conclusão destas medidas pela área técnica, que manifestou entendimento de possíveis remanejos em serviços técnicos, considerando a importância de todos os serviços à nossa comunidade”. A Secretaria da Saúde informou que o município mantém oito ambulâncias, sendo duas do SAMU 192. Contam com uma ambulância os setores Centro, Cassino, Parque Marinha, Profilurb, Quinta e Povo Novo. O secretário Lemos negou que a prefeitura pretenda suprimir horários de ambulâncias por determinação de Lindenmeyer. Segundo o secretário, o que o prefeito está fazendo “são ajustes para manutenção dos serviços essenciais, frente à grave crise nacional”.
REMANEJAMENTO
“A proposta era remanejar médicos de horários de menor movimento comprovado para horários de maior movimento, porém sempre mantendo profissional nos postos em questão”, ressaltou o secretário. “Não se retiraria os dois médicos. Seria um profissional remanejado para horário de maior movimento, diminuindo o tempo de espera dos usuários do SUS que procuram em grande número as unidades 24h em horários estratégicos”. Atualmente, os postos 24h contam com dois médicos por plantão durante todo o dia. Ao concluir, o secretario Barros Lemos foi taxativo: “não haverá supressão de nenhum serviço na área da saúde, nem ambulância, nem médicos”.
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