Uma extensa mancha de óleo chamou a atenção perto dos Molhes da Barra de Rio Grande hoje (14). A Superintendência dos Portos do RS informou que o vazamento de óleo ocorreu por volta das 23h de quarta-feira (13) e foi provocado pelo navio Dimitris L, de bandeira grega. O acidente foi durante o processo de abastecimento no complexo da Termasa.

Após a identificação do vazamento, o chamado Plano de Área foi acionado, com a adoção dos procedimentos ambientais, incluindo a instalação de barreiras de contenção no entorno do navio. Num primeiro momento, segundo a autoridade portuária, o cálculo é que tenham vazado de 2 a 3 m³ de óleo bunker. Além da Superintendência dos Portos, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Marinha e Centro de Recuperação de Animais Marinhos atuam no caso realizando procedimentos  de contenção e demais cuidados, retirando o material poluidor.

A fauna da região está sendo monitorada, principalmente os leões marinhos que ficam no entorno dos Molhes da Barra. A principal área afetada foi entre os terminais Termasa e Tecon. Nos pontos onde apareceram as manchas de óleo foram utilizadas as barreiras de contenção e de absorção do material. Em nota oficial, a superintendência anunciou que além das medidas tomadas, as autoridades atuam conjuntamente para esclarecer as circunstâncias do vazamento.

BUNKER

O combustível utilizado pela maior parte (95%) dos navios comerciais do mundo é formado por derivados do petróleo chamado de óleo combustível, ou bunker oil. Trata-se de uma mistura de diesel com óleos residuais pesados da destilação do petróleo bruto, que emite óxidos de enxofre como subproduto da sua combustão no motor.

JOGO DURO

Atracado no terminal, o navio não poderá deixar a Termasa, por decisão da autoridade portuária, pelo menos até que sejam tomadas todas as providências legais. O inquérito aberto apresentará nos próximos dias mais detalhes por parte da Capitania dos Portos do RS, a partir de investigação administrativa e perícia. A capitania fará a autuação e notificação, tanto do navio quanto do agente marítimo. O capitão dos Portos do RS, Reinaldo Luís Lopes dos Santos, disse que o trabalho em conjunto com as demais autoridades está sendo feito para resolver o problema o mais rápido possível. O diretor do Centro de Recuperação de Animais Marinhos, Lauro Barcellos, afirmou que os espaços de estuário, mar e lagoa estão sendo monitorados. Barcellos disse que o Centro de Recuperação, reconhecido mundialmente, é o ponto de referência para qualquer pessoa recorrer se encontrar algum animal com enfermidade ou debilitado.

COMITÊ DE CRISE

As autoridades montaram um comitê de crise para as ações necessárias, através de plantões de representantes das entidades participantes. O vazamento gera danos ambientais que devem ser reparados e mitigados com as penalidades previstas, referem as autoridades. Na segunda-feira (18), o grupo fará nova reunião de avaliação das ações a serem desencadeadas durante o final de semana, além do planejamento das medidas que deverão ser postas em prática nas semanas seguintes.

Comitê de crise

Autoridades avaliaram a situação. Comitê de Crise foi instalado.


O vazamento de óleo pelo navio grego na área do complexo marítimo portuário do Rio Grande. As imagens aéreas foram feitas por Fly Câmera Pelotas e autorizadas por Fabiano Carvalho para veiculação no Site Edson Costa Repórter.

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(Fotos: Divulgação/Portos RS)