Após uma polêmica transmissão ao vivo de Rio Grande através de suas redes sociais no dia 31 de outubro, o empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, resolveu mudar a tática, na contramão da costumeira forma espalhafatosa de manifestação pública.

Agora, em comunicado feito diretamente ao Site Edson Costa Repórter, que noticiou o conteúdo da live no mesmo dia, Hang resolveu optar pelo silêncio sobre o andamento das ações de instalação de uma unidade da Havan em Rio Grande.

RELEMBRE

Luciano Hang, dono da loja de departamentos mais completa do país, queixou-se de entraves burocráticos que no final de outubro já resultavam numa “espera de 150 dias para conseguir o alvará de construção”. No último dia de outubro, Hang inaugurou uma placa no terreno adquirido pela Havan para erguer a loja. Segundo ele, o “Atrasômetro” denuncia a lentidão na liberação documental da obra. Recentemente, a Havan mandou atualizar a contagem, e a placa já estampa 180 dias de atraso (foto). Até o presidente da República Jair Bolsonaro apresentou solidariedade a Luciano Hang em entrevista por telefone ao apresentador José Luiz Datena, na TV Bandeirantes. Bolsonaro mencionou “ter assistido a uma Live de Luciano, direto de um terreno na cidade de Rio Grande, no RS”. O presidente da República disse ao jornalista Datena que o Brasil não pode continuar sendo um país que apresente dificuldades para a realização de negócios.

O empresário, vestido de “Capitão Brasil” denunciou que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) extava exigindo a construção de uma rotatória, na ERS-734, no custo de R$ 2,5 milhões, com onze semáforos. O Poder Executivo rio-grandino reagiu e liberou nota afirmando estar rigorosamente em dia quanto ao processo de licenciamento do empreendimento da Havan. Também em nota, o Daer refutou as alegações de Hang, apontando que “os estudos entregues pela empresa não atendem a pelo menos trinta requisitos para a devida avaliação técnica de viabilidade da obra e da segurança dos usuários da rodovia”. O Daer alardeou que no processo entregue pela Havan ao órgão, “inexistia a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”. O Daer acusou que “sequer havia a indicação de engenheiro responsável pelo estudo”. O Departamento informou ter emitido, num prazo rápido de três dias, o atestado de viabilidade do empreendimento. Todas as demais alegações do empresário da Havan foram refutadas pelo Daer.

GUINADA PARA O SILÊNCIO

Nos últimos dias três pedidos do Site Edson Costa Repórter para nova manifestação da Havan, tiveram como resposta a momentânea impossibilidade de atendimento. Na quarta tentativa, a empresa do megaempresário Luciano Hang respondeu através da assessora Elaine Malheiros, responsável pela estratégia de comunicação do potente grupo. “Em contato com o Departamento Jurídico da Havan, a rede optou por não responder os questionamentos”.