Na terra de Silva Paes nenhum jornalista sofreu e sofre mais perseguições, ameaças e intimidações do que ‘este que voz escreve’. Jornalismo de ‘linha de frente’, expressão na moda em tempos de pandemia, foi o que sempre fiz. Não admito que alguém eleito e pago pelo povo negue resposta a perguntas, desde que sejam pertinentes, oportunas e respeitosas.

Em 41 anos de profissão já fui agredido fisicamente, vítima de várias ameaças e tentativas de morte, tudo devidamente registrado. Nunca me calei, principalmente diante de poderosos, autoridades e bandidos. Também nunca tive arma, nem andei ou ando armado. Minha arma é a Palavra, escorada na verdade e na justiça. Principalmente quem é pago pelo erário, ou seja, com o suor do povo pagador de impostos, deve explicações sempre, a todo o momento. Sempre é sempre, incluindo tempos de pandemia.

Quando vejo uma autoridade, aqui lá ou acolá, desrespeitando profissional que está a serviço da informação, concluo de imediato que se trata de alguém, por alguma razão inconfessável, querendo esconder algo. Representante público pago com o dinheiro sagrado do povo, deve explicações, sim. O jornalista tem como missão questionar. Quem é entrevistado deve responder, não espernear, muito menos bufar. Isto vale para todos: políticos, autoridades e poderosos, incluindo aproveitadores de plantão que gostam de falar sozinhos. Quem não desejar prestar contas tem como única saída pegar o boné, ou seja, renunciar. A ninguém pago pelo povo é dado o direito de negar respostas, especialmente quem é eleito e, portanto, nada mais é do que empregado do povo patrão. Dado o recado.