O investigador deve andar armado. Eu ando, sempre. Minha arma é a caneta. O texto final, a gravação, enfim, vêm na sequência, mas a arma principal é a caneta. Jornalista investigativo é sempre odiado pela bandidagem, o que por sinal muito me honra. Informação é instrumento sagrado de cidadania para a população acompanhar o que acontece, principalmente ao seu redor. Travo o bom combate com a arma da informação, sempre de longo alcance, justamente o que incomoda quem deve mesmo ser incomodado, mas ajuda a maioria que necessita ser protegida.

Rio Grande está decadente, com baixa autoestima. Soldados da linha de frente devem dizer ao povo o que realmente está se passando. O bom jornalismo não se presta a ser capacho e deve escancarar as verdades, sem temor de pressões, nem dos conhecidos malfeitores. Não toleramos propagandistas que servem aos interesses de pessoas e projetos que a sociedade declaradamente não mais deseja. Sigo armado.