O Hospital Santa Casa de Rio Grande receberá nesta terça-feira (6) frascos de sedativos e bloqueadores neuromusculares, medicações vitais aos pacientes intubados em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo– UTI. A Secretaria Estadual da Saúde– SES e Exército Brasileiro farão a distribuição de 92.799 embalagens de sedativos a 69 hospitais gaúchos.

Os medicamentos Atracúrio, Cisatracúrio, Midazolam e Rocurônio fazem parte do chamado kit intubação, necessários ao procedimento de ventilação mecânica em pacientes com dificuldades respiratórias. No total, serão 2.222 unidades, somados os quatro tipos de medicações específicas para uso no processo de intubação nas UTIs existentes tanto no Hospital Geral como no complexo de Cardiologia (foto).

Devido à alta demanda com o atendimento a pacientes portadores de Covid-19, em todo o país os fornecedores não estão conseguindo suprir as necessidades. Essa nova remessa foi enviada pelo Ministério da Saúde, e os critérios de rateio são de competência da Secretaria da Saúde do RS. O armazenamento e a distribuição são realizados com auxílio do Exército Brasileiro. De acordo com o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica da SES, Roberto Schneiders, esta é uma quantidade importante, porém ainda pequena frente à necessidade dos hospitais. “Estamos fazendo todos os esforços de competência do Estado possíveis para seguir abastecendo a rede e, assim, garantir conforto aos pacientes nesse momento difícil”, explica. O Midazolam será distribuído para 46 hospitais que têm leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (UTI), entre eles a Santa casa de Rio Grande, e proporcionará uma cobertura mínima para quatro dias de consumo. Os outros medicamentos, que são bloqueadores neuromusculares, serão distribuídos a 58 hospitais que têm leitos de UTI pelo SUS e proporcionará uma cobertura mínima para cinco dias de consumo.

O rateio foi realizado com base em um acompanhamento semanal da secretaria junto à rede hospitalar, em que as próprias instituições declaram a quantidade de medicamentos de seus estoques. A diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes, explica que são utilizadas as informações mais recentes possíveis nos cálculos que definem quanto cada hospital irá receber.

A responsabilidade pela compra desses medicamentos é das instituições hospitalares, não fazendo parte da rotina da Assistência Farmacêutica do Estado. No entanto, frente à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, o governo do Estado e o Ministério da Saúde se articularam para comprá-los excepcionalmente e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo SUS. Seguem sendo realizadas as rotinas de acompanhamento da quantidade de cada um na rede hospitalar, que sofre escassez desde julho do ano passado, em decorrência da pandemia de Covid-19. Já foram adquiridos medicamentos no mercado nacional e internacional, tanto pelo Ministério da Saúde como pelo Estado do RS.

No ano passado, foram distribuídos cerca de 150 mil frascos de medicamentos. Em 2021, já foram entregues cerca de 225 mil frascos, entre aquisições do ministério e do governo gaúcho.

(Foto: Site ECR)