O governo do RS deu autorização para que a Cooperativa Central Gaúcha Ltda– CCGL, agilize junto ao governo federal o projeto para viabilizar investimento de R$ 500 milhões na unidade portuária em Rio Grande. O projeto de expansão de um terminal do porto de Rio Grande estava entravado, mas o governador Eduardo Leite assinou o documento que viabiliza o andamento do assunto em reunião com as presenças do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e do superintendente dos Portos do RS, Fernando Estima (foto). A análise prévia do projeto ficou a cargo da superintendência. Segundo Estima, a proposta está em sintonia com o ambiente logístico do porto de Rio Grande e com os planos estratégicos do governo.

Com a ampliação, a capacidade de escoamento de produtos agrícolas da CCGL será multiplicada por quatro. Atualmente, o fluxo de expedição é de 1,5 mil toneladas por hora e passará para 6 mil toneladas/hora. A capacidade de armazenagem, de 278 mil toneladas, saltará para 778 mil toneladas.

IMPACTO NA ECONOMIA GAÚCHA

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, disse que o andamento do processo é altamente positivo e trará impacto direto em toda a economia gaúcha. “A agricultura corresponde a 42% do nosso PIB e investir em escoamento da produção significa ampliação dos negócios, ensejando crescimento econômico”, destacou o secretário Covatti Filho.

O projeto prevê três anos para ser concluído, já que os navios seguirão operando durante a obra. A expectativa é de início dos trabalhos ainda em 2019. O presidente da CCGL, Caio Viana, disse que o documento com o aval do governo gaúcho será imediatamente levado à Secretaria Nacional dos Portos. Tão logo a União emita sinal verde, reforçou Viana, a obra será iniciada em Rio Grande.

UMA COOPERATIVA GIGANTE

A CCGL é uma das maiores cooperativas do Brasil. Com 171 mil produtores, está presente em mais de 350 municípios gaúchos. Seus associados contam com apoio de unidades especializadas em tecnologias aplicadas na agropecuária, logística e laticínios. A entidade, sediada em Cruz Alta e composta por 31 cooperativas, é a operadora dos terminais Termasa e Tergrasa, responsáveis pelos serviços de recebimento, armazenagem e expedição de granéis agrícolas no Porto de Rio Grande. Juntos, os terminais representam cerca de 14% das movimentações da soja nacional e 52% de todos os grãos do Rio Grande do Sul.


(Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini)